Respiro o teu corpo
sabe a lua-de-água
ao amanhecer
sabe a cal molhada
sabe a luz mordida
sabe a brisa nua
ao sangue dos rios
sabe a rosa louca
ao cair da noite
sabe a pedra amarga
sabe à minha boca
sabe a lua-de-água
ao amanhecer
sabe a cal molhada
sabe a luz mordida
sabe a brisa nua
ao sangue dos rios
sabe a rosa louca
ao cair da noite
sabe a pedra amarga
sabe à minha boca
Eugénio de Andrade
3 comentários:
Um regresso em grande com um lindo poema de Eugénio de Andrade. Que outro sabor deve ter o corpo de quem se ama senão o da nossa boca? Um bom fim de semana.
Excelente escolha.
Gostei do poema e da foto, bem enquadrada com o poema.
Bom fim de semana.
Um beijo.
Eugénio de Andrade como sempre profundo!
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